De acordo com o MTB, em 2006, 450 trabalhadores morreram nas usinas: assassinados, carbonizadas, vitimas de acidentes. Segundo estudo da UFSCar, para cortar 10 toneladas de cana e ganhar R$ 25 em um dia, o trabalhador percorre cerca de nove quilômetros a pé no canavial; Alem disso terá que levantar e carregar pelo menos 800 montes de cana de 15 kg cada um, por uma distancia de 3 metros, empilhando a produção do dia. E preciso lembrar que 40% destes trabalhadores não têm carteira assinada, por conseqüência não estão assegurado pela previdência social, que existem suspeitas de muitas mortes por exaustão, mas que dificilmente consegue-se comprovar, que esses trabalhadores estão expostos as piores condições de alimentação, água, higiene, e acomodações para dormir. Existe pesquisa, que apontam que o tempo de vida útil é menor de que um escravo dos tempos passados, digo isso porque estes trabalhadores vivem hoje, em condições similares ou bem piores. Enquanto isso os governos de plantão pregam esta monocultura como fonte de desenvolvimento em nosso pais, perguntamos desenvolvimento para quem? Para os trabalhadores, com certeza não! Para sociedade, bem vimos que esta cultura compromete a segurança alimentar, como podemos ver em matéria anterior.
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
AGROCOMBUSTIVEIS X ALIMENTOS
SEMINÁRIO SUCROALCOOLEIRO
Participei de um seminário Nacional Sucroalcooleiro, e São Paulo, onde o debate era os Agrocombustiveis versos Segurança alimentar, e fiquei alarmado com dados apresentados pelo Dieese, sobre a ocupação das terras agricultáveis no Brasil, pela cana de açúcar, curiosamente tinha abordado em matéria anterior o mesmo assunto, mas agora subsidiado por dados de uma entidade idônea, posso tratar com mais precisão sobre o assunto:
Vamos aos dados: A produção Nacional de cana de açúcar destinada a indústria sucroalcooleira é de 473,16 milhões de toneladas das quais 46,92% (221,99 milhões de toneladas) são para fabricação de açúcar e 53,08% (251,17 milhões de toneladas) são para produção de álcool.
A produção de alimentos esta sendo afetada pelo crescimento da cultura canavieira para a produção do etanol. O IED aponta para a diminuição das áreas de 32 produtos agrícolas dentre eles: arroz (10%, feijão (13%), milho (11%), batata (14%), mandioca (3%), algodão (40%) e tomate (12%). Sem contar a redução de mais de um milhão de bovinos sem falar da queda de produção de leite no período de 2006-2007.
Enquanto isso existe a perspectiva de larga expansão desta cultura com previsão de mais 100 novas usinas até 2010 para produção de oito biliões de litros (usinas com tamanho médio de dois biliões de toneladas de cana. A necessidade de produção adicional de 200 milhões de toneladas de cana (açucare álcool) mantendo-se produtividade média atual. Bom devo falar quem financia tudo isso, acho que você já sabe, mas, vamos lá, veja desembolsos do BRDES: Em 2004, R$ 500, milhões, 2005, R$ 1.080 milhões, e 2006 R$ 2.020milhões, bom devo dizer que não existe por parte do banco e nem do governo mecanismos de contrapartida, que garanta um maior numero de emprego bem como a melhoria da qualidade de vidas dos trabalhadores deste setor. Numero atual de usinas: 360. Projeção de ampliação até 2013:
São Paulo, 35 Minas Gerais 18, Goiás 10, Mato Grosso do Sul 9, Paraná 4, Rio de Janeiro1.
Participei de um seminário Nacional Sucroalcooleiro, e São Paulo, onde o debate era os Agrocombustiveis versos Segurança alimentar, e fiquei alarmado com dados apresentados pelo Dieese, sobre a ocupação das terras agricultáveis no Brasil, pela cana de açúcar, curiosamente tinha abordado em matéria anterior o mesmo assunto, mas agora subsidiado por dados de uma entidade idônea, posso tratar com mais precisão sobre o assunto:
Vamos aos dados: A produção Nacional de cana de açúcar destinada a indústria sucroalcooleira é de 473,16 milhões de toneladas das quais 46,92% (221,99 milhões de toneladas) são para fabricação de açúcar e 53,08% (251,17 milhões de toneladas) são para produção de álcool.
A produção de alimentos esta sendo afetada pelo crescimento da cultura canavieira para a produção do etanol. O IED aponta para a diminuição das áreas de 32 produtos agrícolas dentre eles: arroz (10%, feijão (13%), milho (11%), batata (14%), mandioca (3%), algodão (40%) e tomate (12%). Sem contar a redução de mais de um milhão de bovinos sem falar da queda de produção de leite no período de 2006-2007.
Enquanto isso existe a perspectiva de larga expansão desta cultura com previsão de mais 100 novas usinas até 2010 para produção de oito biliões de litros (usinas com tamanho médio de dois biliões de toneladas de cana. A necessidade de produção adicional de 200 milhões de toneladas de cana (açucare álcool) mantendo-se produtividade média atual. Bom devo falar quem financia tudo isso, acho que você já sabe, mas, vamos lá, veja desembolsos do BRDES: Em 2004, R$ 500, milhões, 2005, R$ 1.080 milhões, e 2006 R$ 2.020milhões, bom devo dizer que não existe por parte do banco e nem do governo mecanismos de contrapartida, que garanta um maior numero de emprego bem como a melhoria da qualidade de vidas dos trabalhadores deste setor. Numero atual de usinas: 360. Projeção de ampliação até 2013:
São Paulo, 35 Minas Gerais 18, Goiás 10, Mato Grosso do Sul 9, Paraná 4, Rio de Janeiro1.
Na próxima semana falo das relações de trabalho no setor canavieiro.
terça-feira, 2 de outubro de 2007
ISSO TAMBEM E COISA NOSSA
Durante o seminário estratégico da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Alimentação (CNTA), realizado em Porto Alegre, no dia vinte e cinco de setembro de dois mil e sete, foi debatido o tema do Florestamento em nosso estado. A preocupação por conta deste assunto a cada vez maior, pois o plantio de eucaliptos vem tomando conta da região sul de nosso estado, alardeado pelo os Governos de plantão como fonte de desenvolvimento na metade sul do Rio Grande, e com eco da grande mídia. Sabemos que não é verdade o que estão vendendo a sociedade gaúcha, pois as terras utilizadas por esses grandes grupos, são terras agricultáveis, que produzem carne, feijão arroz, milho, batata e tantos outros alimentos que fazem parte de nossas mesas todos os dias. Incentivar a monocultura principalmente a do plantio de árvores exóticas, com a exclusiva finalidade de atender as fabricas de celulose, significa matar um estado essencialmente agrícola, e promover a miséria na mesa do povo gaúcho, principalmente os mais desfavorecidos, que certamente terão que pagar mais caro pela importação do milho, da carne do arroz e do feijão. Por que é isso que vai acontecer. O impacto já pode ser sentido na cadeia produtiva da carne bovina, que por falta de matéria prima, muitos frigoríficos estão concedendo férias coletivas, e a ameaça de demissão é eminente. Por outro lado sabemos que existe todo um interesse por conta dos grandes latifundiários em ocupar as terras com o plantio de eucaliptos, como forma de se contrapor a Reforma Agrária, e auxiliados pela grande mídia, convence a sociedade, que esses empreendimentos geram empregos, quando sabemos, que os míseros empregos que geram não chegam nem perto do que geram a agricultura familiar e a cadeia produtiva da carne do arroz e do milho. Alem do mais se somarmos os impactos no meio ambiente que isso pode causar, concluímos que esse processo custará muito caro à sociedade, preço este que todos terão que pagar no futuro bem próximo. Até poucos dias atrás, somente o Movimentos dos Trabalhadores sem Terra (MST), vinham protestando, ainda esta semana o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), se engajaram na luta. Será que isso é só problema deles... Ou também é do Nosso Ramo, e de tantos outros, que também serão afetados. Será que não esta na hora de acordarmos, e tomarmos atitude de se engajar nesta luta.
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