quinta-feira, 10 de abril de 2008

ISTO É UM ABSURDO


O projeto aprovado pelo conselho da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (CONSEMA) que estabelece o zoneamento no estado do Rio Grande do Sul, para a o plantio de arvores exóticas para fins de comercialização, projeto esse que retira as restrições antes impostas pelo primeiro zoneamento dos técnicos da Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEPAN), é uma vitória das multinacionais e do Governo Yeda, que pretende transformar o nosso estado em um pólo de desenvolvimento madeireiro, com finalidades para celulose. É sempre bom que se diga que este projeto tem apoio também do Governo Federal, e financiamentos de bancos públicos. Também é preciso que se diga que esta tramitando no Congresso Ncional, projetos de iniciativa do executivo para a redução da faixa de fronteiras, de 150 km, para 50 km, tudo isso para beneficiar o capital, e as multinacionais que estão interessadas neste tipo de cultura. Falei aqui algum tempo atrás do impacto que isso vai causar em nosso ramo (Alimentação), inclusive citando números, de área cultivada antes com alimentos. Pois na cadeia produtiva da carne já estamos amargando os primeiros resultados, só na semana passada na metade Sul do estado aproximadamente 400 trabalhadores perderam os seus empregos por falta de matéria prima, ou seja, por falta de bois para o abate. parece que a sociedade não se dá de conta do que esta acontecendo. Portanto se entrarmos no supermercado podemos constatar o preço da carne, do feijão do tomate, da farinha, do óleo de soja, entre outros produtos que já estão sendo afetado por essa política equivocada de desenvolvimento. Quem vai pagar essa conta..., certamente serão os mais pobres, pois são os que mais se utilizam destes tipos de alimentos. Até onde vai isso? Teremos alimentos no futuro? Vamos virar roedores e nos alimentarmos de casca de madeira? Não sei! São perguntas que não querem calar! Se você sabe, me diga.
Leia essa matéria publicada no dia de hoje em ZERO HORA:
Atualizada em 10/04/2008 às 08h58min
Uma guerra judicial marcou a reunião desta quarta-feira do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) que aprovou o zoneamento para o plantio de florestas. O texto que será publicado no Diário Oficial do Estado elimina restrições à atividade florestal constantes na proposta original. No início da tarde, depois de aberto o encontro do Consema, uma liminar, solicitada pela Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) e concedida pela juíza Kétlin Casagrande, da 5ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre, impediu o órgão de votar a proposta. A seguir, houve trocas de acusações e princípio de tumulto, e os conselheiros ligados a organizações não-governamentais reticentes ao plantio de árvores exóticas deixaram o local, acompanhados de manifestantes carregando faixas contra as florestas de eucaliptos. No início da noite, o governo do Estado virou o jogo e obteve, do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Arminio José Abreu Lima da Rosa, a cassação da liminar: uma vitória esperada pelos 19 conselheiros que permaneceram na reunião, estendendo-a por mais de seis horas até ganharem o direito de votar a proposta defendida. O Consema é formado por 29 conselheiros. Do local de votação se retirou quem era contrário ao novo zoneamento, como a Agapan. O epicentro da mais nova polêmica envolvendo o zoneamento foi a extinção dos percentuais máximos de área em que o plantio é permitido, constantes na proposta original, mas retirados do texto aprovado. Isso permitirá análise caso a caso por parte da Fepam para conceder ou não a autorização a projetos de florestamento, sem restrições prévias. Outra limitação retirada foi a que proibia o plantio em um raio de 1,5 mil de áreas rochosas. — O zoneamento deixou de ser restritivo para ser um instrumento que dará norte à atividade — defende Ivo Lessa, representante da Federação da Agricultura no Consema. Os ambientalistas, minoria no órgão, reclamam que a alteração aprovada permitirá excessos no plantio de espécies exóticas no Estado. — Essa proposta criou um zoneamento que não zoneia nada — critica Maria da Conceição Carrion, da ONG Núcleo Amigos da Terra.
ZERO HORAAtualizada em 10/04/2008 às 08h58min
Uma guerra judicial marcou a reunião desta quarta-feira do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) que aprovou o zoneamento para o plantio de florestas. O texto que será publicado no Diário Oficial do Estado elimina restrições à atividade florestal constantes na proposta original. No início da tarde, depois de aberto o encontro do Consema, uma liminar, solicitada pela Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) e concedida pela juíza Kétlin Casagrande, da 5ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre, impediu o órgão de votar a proposta. A seguir, houve trocas de acusações e princípio de tumulto, e os conselheiros ligados a organizações não-governamentais reticentes ao plantio de árvores exóticas deixaram o local, acompanhados de manifestantes carregando faixas contra as florestas de eucaliptos. No início da noite, o governo do Estado virou o jogo e obteve, do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Arminio José Abreu Lima da Rosa, a cassação da liminar: uma vitória esperada pelos 19 conselheiros que permaneceram na reunião, estendendo-a por mais de seis horas até ganharem o direito de votar a proposta defendida. O Consema é formado por 29 conselheiros. Do local de votação se retirou quem era contrário ao novo zoneamento, como a Agapan. O epicentro da mais nova polêmica envolvendo o zoneamento foi a extinção dos percentuais máximos de área em que o plantio é permitido, constantes na proposta original, mas retirados do texto aprovado. Isso permitirá análise caso a caso por parte da Fepam para conceder ou não a autorização a projetos de florestamento, sem restrições prévias. Outra limitação retirada foi a que proibia o plantio em um raio de 1,5 mil de áreas rochosas. — O zoneamento deixou de ser restritivo para ser um instrumento que dará norte à atividade — defende Ivo Lessa, representante da Federação da Agricultura no Consema. Os ambientalistas, minoria no órgão, reclamam que a alteração aprovada permitirá excessos no plantio de espécies exóticas no Estado. — Essa proposta criou um zoneamento que não zoneia nada — critica Maria da Conceição Carrion, da ONG Núcleo Amigos da Terra.
ZERO HORA