terça-feira, 30 de dezembro de 2008
2009
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Vitória
Milton Nascimento
Composição: Milton Nascimento / Chico Buarque
Debulhar o trigo
Recolher cada bago do trigo
Forjar no trigo o milagre do pão e se fartar de pão
Decepar a cana
Recolher a garapa da cana
Roubar da cana a doçura do mel, se lambuzar de mel
Afagar a terra
Conhecer os desejos da terra
Cio da terra, propícia estação De fecundar o chão.
No próximo dia 18 de dezembro estará acontecendo à entrada triunfal dos trabalhadores do Movimento Sem Terra na fazenda SOUTHALL, no Município de São Gabriel, Rio Grande do Sul. Digo triunfal, pois a chegada é histórica, resultado de luta incessante destes companheiros. Com seus objetivos claros e tendo sempre como horizonte a conquista da terra, considero uma grande conquista dos movimentos sociais, que sempre estiveram lado a lado com esses companheiros.
E não poderia ser diferente. Todos nós, que fizemos parte desta luta, entendemos que a distribuição da terra, o incentivo a agricultura familiar é fundamental para que a sociedade avance, com justiça social. Acreditamos em desenvolvimento sustentável com justiça social e não no agronegócio que superexplora e concentra a riqueza nas mãos de poucos. A desapropriação desta fazenda significa um marco importante em uma região dominada pelo latifúndio e exploração que se perpetuaram ao longo dos anos. Estas terras, antes improdutíveis, irão para mão de camponeses, que vão produzir leite, feijão, arroz, carne, ovos, batata, mandioca, entre tantos outros alimentos que fazem parte da mesa dos gaúchos todos os dias.
E pensar que as madeireiras estavam na concorrência desta área para produzir eucaliptos e outras arvorem exóticas. Se isso ocorresse, a área deixaria de ser aproveitada para a produção de alimentos, para se transformar no futuro em um deserto verde, como ocorreu em outras regiões do país onde as papeleiras se instalaram e degradaram o meio ambiente. Penso que não é exagerado dizer que a vitoria não é só do MST, dos movimentos sociais, mas ela é sim uma vitória da sociedade gaúcha bem intencionada, que ama essa terra e que quer o melhor para os seus filhos.
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
A crise
Vivemos uma das mais profundas crises econômicas mundiais, certamente depois de 29, esta é a maior a ser enfrentada por este sistema. Ouvimos e assistimos notícias de todos os continentes da preocupação dos governantes com essa crise, pacotes trilhonários de injeção de dinheiro do estado para garantir a liquideis e evitar a quebra de bancos públicos e privados. No mínimo nos causa estranheis é de se perguntar onde estão os liberais? Cadê o senhor dos senhores, o mercado que se auto regula, que irriga e dá conta da economia. Cadê os defensores do estado mínimo, por onde anda os defensores e apologistas do ALCA. Cadê os privativistas de plantão, pois no primeiro solavanco correm para se socorrer do estado. Certamente os estados terão que socorrer esses parasitas que vivem de especulação, mas como o sistema é constituído assim, não tem outro jeito, lá se vão às reservas cambiais feitas com o sacrifício do povo, para salvar essas chamadas instituições, o que nos resta é perguntar depois de saneadas e a salvo ficarão com quem? Certamente serão devolvidas para os mesmos continuarem a exploração do nosso povo
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Nosso Brasil
Enquanto aqui...
Esta semana estive viajando pela metade sul do nosso Rio Grande do Sul e, em pouco mais de 100 km, fui abordado duas vezes pelo Exército Brasileiro que está fazendo uma pesquisa sobre as nossas estradas, questionando o fluxo de veículos, quanto se paga de pedágio, qual o motivo da viagem, entre outros.
Acredito que a intenção do Governo Federal é fazer um levantamento do custo- benefício das estradas pedagiadas, bem como apurar a necessidade de duplicação. Diante das condições das mesmas não há necessidade de pesquisa, pois dá para perceber a olhos nus que estão péssimas, apesar do alto custo.
A meu ver o governo brasileiro deveria solicitar uma licença do governo argentino para fazer uma pesquisa também no país vizinho e comparar àquelas vias com as nossas. Acredito que isso daria ótimo resultado. Para começar, comparar as condições das pistas, preço do pedágio, preço dos combustíveis, entre outros.
Vamos examinar alguns números do país vizinho: Gasolina comum na Argentina o litro é 1,99 pesos (R$ 1,00); Gasolina Super o litro 2,30 pesos (R$ 1,15); Gasolina Frangio especial o litro 2,89 pesos (R$ 1,45). Sem falar que o combustível lá tem alta qualidade, é puro, sem mistura.
Só para lembrar que a nossa gloriosa Petrobras exporta gasolina pura para a Argentina a preços módicos de R$ 0,65 o litro, enquanto nós pagamos em média R$ 2,69 por essas “garapas mixurucas”. E os pedágios? Na Argentina, as estradas pedagiadas tem terceira pista em muito boas condições e custa para cada 300 km o montante de 3,40 pesos ou R$ 1,70. Para nós gaúchos, é lamentável percorrer a mesma distância ao preço de R$ 28,00.
Entendeu agora porque sugeri a comparação?
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Eleições
Será que não existem políticos sérios, bem intencionados e que realmente querem trabalhar por uma sociedade melhor, pessoas que acreditam na transformação desta sociedade, que almejam um mundo mais justo e igualitário para todos nós? Claro que sim. Mas é preciso ter mais cidadão de bem entrando na política, pois acredito que somente desta forma é que vamos transformar o que esta aí. Por outro lado é preciso que prestar a atenção, pesquisar o passado do candidato. O que e a quem ele defende. O cidadão deve ter consciência que o ato de votar é único e intransferível, delegar poderes para alguém cuidar dos interesses da população. Portanto nem pense em vender o seu voto. Valorize o importante ato de votar. Pergunto: - você contrataria alguém para cuidar dos seus interesses, alguém que você não conhece? Não procuraria saber sobre a sua idoneidade, da sua vida pregressa? Tenho a certeza que sim... Então vote consciente. Esta é a única forma de moralizar a política e transformar a sociedade!
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Nossa Esquerda
Boa Leitura:
A crise da esquerda
Escrito por Paulo Passarinho
14-Ago-2008
Após a queda do muro de Berlim – que já havia sido precedida por uma forte inflexão à direita dos partidos social-democratas europeus -, boa parte da esquerda mundial passou a observar com muita atenção, e esperança, a trajetória e a ação política do Partido dos Trabalhadores e de seus aliados de esquerda aqui no Brasil.
O Brasil é um país marcado por gritantes desigualdades sociais, fortemente pressionado por interesses do capital internacional, mas que, desde 1989, experimentava a polarização de uma frente de esquerda que se afirmava como alternativa real de poder.
Essa frente de esquerda foi também um instrumento importante de resistência à ofensiva neoliberal, que nos anos 90 empreendeu em nosso país o programa de mudanças ditado pelos interesses das grandes corporações financeiras transnacionais.
A realização dos primeiros Fóruns Sociais Mundiais, em Porto Alegre, reforçou ainda mais essa sensibilidade e crença da esquerda internacional
Contudo, a história que se deu a partir de 2002, ainda na campanha eleitoral que acabou por levar Lula à presidência da República, coroou o próprio ajuste do PT e de seus aliados à nova ordem. A história é por demais conhecida, embora haja graves divergências sobre o significado do que de fato ocorreu.
Para os que apóiam Lula, a busca de governabilidade, em meio à crise que se esboçou no ano eleitoral, justificou as posições assumidas pelo novo governo. Para os mais críticos, o novo PT foi apenas a conseqüência de uma metamorfose que se iniciara há alguns anos. Hoje, as evidências sobre a natureza da mudança ideológica e programática dessa frente – agora, acima de tudo, lulista – são gritantes. E tristes.
A principal liderança do PT depois do próprio Lula, José Dirceu – apresentado por muitos, no primeiro mandato do atual presidente, como o representante de um "pólo de esquerda" –, depois de afastado do governo, cassado e processado pelo Supremo Tribunal Federal, em denúncia apresentada pelo Procurador Geral da República, circula pelo Brasil e pelo mundo afora como lobista de interesses de grandes empresas nacionais e internacionais.
A recente reunião da OMC, em Genebra, expôs de forma cristalina a subordinação do governo aos interesses do agronegócio, comprometendo até mesmo a imagem que procurava ser cultivada de uma política externa independente e progressista. Como se isso pudesse ser possível, em meio às opções de uma política econômica – elogiadíssima por Lula – inteiramente controlada por um Banco Central sob o comando direto de executivos indicados por bancos internacionais.
O significado dessa verdadeira tragédia ainda não foi bem assimilado pelos diversos setores da esquerda que insistem em manter o seu apoio a Lula e seus partidos satélites. Sempre encontram as mais diferentes explicações e justificativas para as condutas do governo, mesmo quando ensaiam críticas.
Na falta de argumentos frente às evidências das opções preferenciais de Lula, optam sempre pela lembrança de que a volta dos tucanos poderia ser muito pior. Manifestam, até mesmo, muitas dúvidas sobre o que poderia ter sido feito de forma diferente. Expressam, dessa maneira, uma espécie de regressão intelectual ou abalo cognitivo. Podem alegar também a surrada razão ditada pela "atual correlação de forças".
No tocante à correlação de forças, a vitória eleitoral de Lula em 2002, em meio a sucessivas derrotas da direita e de seus candidatos liberais em todos os países da América Latina, com as exceções da Colômbia, do Peru e do México, deveria ser levada em conta. Bem como o próprio quadro internacional de expansão do comércio global e liquidez financeira que permitia (ao menos até meados do ano passado) uma razoável margem de manobra para mudanças importantes, conforme nos mostrou a vizinha Argentina.
É lógico que a coerência com um programa verdadeiro de mudanças implicaria enfrentamentos importantes com interesses estabelecidos.
Mas não seria esse o papel de uma esquerda, por mais cautelosa e prudente? O fato é que questões programáticas elementares, para o início de um processo de transformações estruturais em prol do mundo do trabalho, foram abandonadas, esquecidas ou mesmo renegadas. Pior: são as questões do mundo do capital que balizam o que passou a ser "o possível".
Mudanças substantivas na política macroeconômica; reforma tributária verdadeira; universalização, com qualidade, dos serviços públicos; fortalecimento da previdência social pública, como fator de seguridade social e de fortalecimento de mecanismos de poupança financeira estatal, sob controle social; reforma agrária para valer, e como suporte para a afirmação e prevalência de um modelo agrícola baseado na agricultura familiar, com estruturas de produção comunitárias e absorção de modernas tecnologias; além de mudanças no padrão dos meios de comunicação de massa, subordinados ao regime de concessões públicas, particularmente os canais de televisão aberta. Seriam exemplos de iniciativas programáticas, essenciais para colocar o país em uma rota de reformas, em prol do povo e do mundo do trabalho.
Mas tudo indica que a outrora esquerda se perdeu. Setores da vanguarda de movimentos importantes, como os dos bancários ou dos petroleiros, parecem muito mais interessados nos negócios dos seus fundos de pensão.
A acelerada financeirização econômica, em combinação com a aguda fragilização de mecanismos de seguridade e de solidariedade social, como é o caso das instituições de garantia de direitos sociais e igualdade de oportunidades, jogaram setores do movimento dos trabalhadores em um defensivismo que aponta para a atomização de suas bandeiras de luta e a perda da solidariedade de classe com os demais setores do mundo do trabalho.
A crise que vivemos, enquanto esquerda brasileira, em meio a um continente em mudanças, não é decorrente, portanto, de uma abstrata carência de projetos alternativos. Ela é fruto da posição política desses setores, que faziam parte da esquerda e que se perderam por completo em meio à mercantilização avassaladora que contamina a sociedade brasileira, sob a hegemonia dos valores e dos projetos das forças neoliberais.
Somente a reconstrução de um novo bloco de forças, não contaminado pela ideologia dominante, poderá criar as condições para a retomada das bandeiras da mudança e da esperança.
Paulo Passarinho é economista e vice-presidente do Conselho Regional de Economia do Rio de Janeiro.
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Fome x agrocombustíveis
Boa leitura:
Escrito por Roberto Malvezzi
13-Ago-2008
Quando Lula tomou posse, uma de suas primeiras atividades foi reunir seu ministério e levá-lo até Guaribas, sertão do Piauí. Andando longo trecho de ônibus, os ministros que só conheciam o sertão pelos livros e TVs puderam pôr o pé na realidade. O gesto era simbólico e, como já advertia Frei Betto, não era a revolução, mas era o que podia um governo eleito pelo voto. Lula proclamara o "Fome Zero" como uma das metas principais de seu governo. Depois, diante de observações feitas aqui das bases do Nordeste, o próprio Ministério do Meio Ambiente proclamou o "Sede Zero". De qualquer forma, soava diferente de todos os governos anteriores.
O tempo se encarregou de mudar Lula e seu governo. A adesão firme ao agro e hidronegócios fez com que optasse pelos transgênicos ao invés de uma agricultura familiar diversificada e rica em alimentos, embora invista também nela, mas jamais na mesma proporção. Optou pela transposição do São Francisco ao invés de investir em obras descentralizadas de abastecimento, como as adutoras para as cidades do Nordeste. Finalmente, optou pelos agrocombustíveis em detrimento da produção de alimentos. Dá para demarcar passo a passo, numa linha do tempo, as mudanças profundas na rota do governo Lula.
Em Salvador, inaugurando obras e fomentando a aqüicultura nos mangues brasileiros, também em detrimento das populações pesqueiras do litoral, Lula disse que "não seria louco de deixar de encher o tanque do povo para encher o tanque dos carros". De repente, parecia o velho Lula, com aquele semblante de indignação diante das injustiças brasileiras. Mas, a realidade é que ele estava apenas querendo justificar sua opção pelos agrocombustíveis, sempre na argumentação que não existe paradoxo entre produzir alimentos e agrocombustíveis. O assunto é uma espada no pescoço de seu governo e não faltam estatísticas de todos os tipos para contestar a linha de pensamento do presidente.
Esses dias, o preço das commodities agrícolas despencou e o programa do biodiesel da mamona faliu. O aumento da fome no mundo, em um ano, já passa de 100 milhões de pessoas. O preço dos alimentos explodiu. Contraria as metas do milênio e coloca a humanidade numa encruzilhada tenebrosa. O governo, ao pôr os melhores solos brasileiros a favor dos agrocombustíveis, ao incentivar a América Central e a África para o mesmo caminho, a pretexto de favorecer a renda dos agricultores, pode estar incentivando a escassez de alimentos no mundo. E não adianta falar em safra recorde porque essas commodities não põem a mesa do povo brasileiro.
Assim, um governo que fez do combate à fome sua grife pode terminar seus dias colaborando com o aumento da fome sistêmica em todo o planeta.
Roberto Malvezzi (Gogó) é coordenador da CPT (Comissão Pastoral da Terra).
quinta-feira, 31 de julho de 2008
Rodada d DOHA
Graças à China e a Índia fracassou a chamada rodada de DOHA. O governo brasileiro atribui o fracasso a proximidade das eleições destes países, incluindo a dos EUA. É bem verdade que nestes países os candidatos estão preocupados com a forma que podem utilizar para protegerem as suas indústrias, a agricultura, bem como os seus empregos. Não é de graça que a política antiimigração, nunca foi tão forte nos países ricos. Creio que o mesmo deveria ser objeto te preocupação do governo brasileiro, mas infelizmente não é. A chamada rodada de DOHA, não é nada mais nada menos que a ressurreição da ALCA (Área de Livre Comércio das Américas). O que estava em discussão era a quebra de barreiras, e a liberação do comércio entre os países participantes, ou seja, a liberdade deste senhor dos continentes chamado “Política de Mercado”. Trata-se de um modelo bem mais profundo do que estava em debate antes. Agora com outra roupagem a fim de ludibriar, de mascarar a informação e a consciência do povo Brasileiro. Sobretudo à classe trabalhadora que, diga-se de passagem, sempre pagou a conta no nosso país. É sabido por todos - o que estava em jogo na discussão beneficiava muito mais os países ricos do que os pobres. Não é de graça que a Argentina sentiu-se traída pelo Brasil. Lembrou-me aquele ditado que diz que “Deus não joga mais Fiscaliza”. Pois bem desta vez tivemos sorte, para azar de parcela de alguns brasileiros ligados ao agro-negócio e ao latifúndio, que só pensam no lucro a qualquer custo. Esses com certeza estão chorando bastante. E o trabalhador tem motivos fortes para comemorar, pois, com certeza, esse acordo não somaria nada de bom à vida de nossa classe. Muito pelo contrário serviria para aprofundar a miséria e a exploração da classe trabalhadora brasileira.
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Tese ao IX Congresso da Alimentação rs
O mundo passa por transformações constantes. O capital acaba sempre se reciclando através de manipulações e, ações de governos de plantão, que na sua essência são os seus legítimos representantes.
Hoje o gargalo maior desta instituição chamada capital, está em como manter uma das principais máscaras deste sistema, que com certeza é a matriz energética chamada transporte, que juntamente com a comunicação, formam as suas principais âncoras deste sistema.
No primeiro assistimos um modelo que dá sinais de curso final que é o aumento de produção de carros e caminhões e outros assemelhados. É tanta produção que as cidades não suportam mais, tamanha quantidade nas ruas das grandes metrópoles. Na há política de trânsito que de conta de tamanha demanda.
Quanto ao transporte de carga, não é diferente, as estradas que compõe malha rodoviária dão sinais de esgotamento sem falar na quantidade de acidentes provocados, que matam mais do que muitas guerras. Por outro lado as malhas ferroviárias e hidroviárias não recebem a devida importância que deveriam ter como alternativa de escoamento da produção, pois as grandes multinacionais não permitem que seus representantes se queiram pensar nestas opções. Para eles isso representaria menos fabricação dos modelos e de assessórios, como borracha estruturas metálicas, óleos lubrificantes, peças etc..., para sustentar esta cadeia produtiva transnacional.
Por outro lado é preciso pensar um como sustentar tudo isso. Falando em energia sabemos que o combustível fóssil, tem em suas reservas tempo contado, aliás, em essa matriz energética tem provocado tamanha disputa pelo seu controle, exemplo mais recente e a investida do império americano contra os países produtores, mais recentemente a guerra do Iraque, a tentativa de golpe na Venezuela, entre outros,
Já os grandes líderes mundiais sabem que também é preciso criar políticas alternativas para dar sustentação desse modelo, exemplo e o império americano de Bush, que vem estimulando fortemente no EUA, a política dos agro-combustíveis, como a produção de milho, para fins exclusivo de produzir etanol. , para sustentar um consumo cada vez maior, sem falar dos processos de trangenia utilizados em larga escala para fomentar e elevar a prdutividade destes produtos.
No Brasil o governo Lula, vem incentivando a política canavieira e a produção de soja, também com a mesma finalidade, a cada dia que passa ouve-se falar da instalação de uma nova indústria para produzir álcool e os chamados biocumbutíveis. Esta política está se expandindo pelo Brasil até mesmo no Rio Grande do Sul, não bastando à monocultura de soja, com mais de 80% já destinado para esse fim, existe a previsão de se plantar na região da produção 150 mil hectares de cana de açúcar com a mesma finalidade.
Por outro lado no RS, o governo de Yeda Crusius, tem como principal bandeira de desenvolvimento a destinação de terras agriculturáveis para a utilização da Silvicultura, o plantio de árvores exóticas tipo eucaliptos, pinos e acácia, com o único interesse de atender as indústrias papeleiras, entre elas as multinacionais Aracruz e Stora Enzo. Esta política, primeiro atende ao interesse das multinacionais de produzir os seu lixo aqui e lucrar cada vez mais, bem com se contrapor a agricultura familiar e por conseqüência a reforma agrária, pois as terras ocupadas com essa cultura são consideradas propriedades produtivas.
Estas políticas além de comprometerem o meio ambiente, secando mananciais, concorrendo com a flora natural evitando a polinização de diversos, principalmente a mata nativa, disputa frontalmente com a agricultura tradicional, que é a de produzir alimentos para satisfazer as necessidades básicas da população como a produção da carne, leite, trigo, feijão, milho, arroz, tomate e outras culturas de nossa cadeia produtiva. Na cadeia produtiva da carne os resultados já são notados como a retração da atividade frigorífica, ceifando o emprego de centenas de trabalhadores sem falar nos preços exorbitantes. deste produto
Há dados do DIEESE de São Paulo, que apontam que no Brasil no ano de 2007, houve uma redução de um milhão de cabeças de bois para o abate, sem falar na redução da cadeia leiteira, na produção de feijão, trigo, milho, arroz, soja, tomate, o resultado disso pode ser percebido nos supermercados com a alta do preço e a escassez dos produtos.
Propomos:
(a) O engajamento do nosso ramo nas políticas que se contrapõe a este modelo de desenvolvimento.
(b) A participação efetiva nos fóruns de debate sobre a silvicultura e as monoculturas que atende exclusivamente a programas de bio-combustíveis, e também as transnacionais dos eucaliptos e outros.
(c) A realização por parte da FTIARS, de seminários e debates regionais como forma de chamar atenção dos trabalhadores e da sociedade para o caos que se aproxima que é a falta de alimentos e por conseqüência o encarecimento dos mesmos.
(d) Não a conciliação com governos e atores da sociedade que defende esse tipo de desenvolvimento.
Federação dos Trabalhadores da Alimentação do Estado do Rio Grande do Sul
Darci Pires da Rocha
Secretaria Geral
quinta-feira, 10 de abril de 2008
ISTO É UM ABSURDO
Uma guerra judicial marcou a reunião desta quarta-feira do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) que aprovou o zoneamento para o plantio de florestas. O texto que será publicado no Diário Oficial do Estado elimina restrições à atividade florestal constantes na proposta original. No início da tarde, depois de aberto o encontro do Consema, uma liminar, solicitada pela Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) e concedida pela juíza Kétlin Casagrande, da 5ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre, impediu o órgão de votar a proposta. A seguir, houve trocas de acusações e princípio de tumulto, e os conselheiros ligados a organizações não-governamentais reticentes ao plantio de árvores exóticas deixaram o local, acompanhados de manifestantes carregando faixas contra as florestas de eucaliptos. No início da noite, o governo do Estado virou o jogo e obteve, do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Arminio José Abreu Lima da Rosa, a cassação da liminar: uma vitória esperada pelos 19 conselheiros que permaneceram na reunião, estendendo-a por mais de seis horas até ganharem o direito de votar a proposta defendida. O Consema é formado por 29 conselheiros. Do local de votação se retirou quem era contrário ao novo zoneamento, como a Agapan. O epicentro da mais nova polêmica envolvendo o zoneamento foi a extinção dos percentuais máximos de área em que o plantio é permitido, constantes na proposta original, mas retirados do texto aprovado. Isso permitirá análise caso a caso por parte da Fepam para conceder ou não a autorização a projetos de florestamento, sem restrições prévias. Outra limitação retirada foi a que proibia o plantio em um raio de 1,5 mil de áreas rochosas. — O zoneamento deixou de ser restritivo para ser um instrumento que dará norte à atividade — defende Ivo Lessa, representante da Federação da Agricultura no Consema. Os ambientalistas, minoria no órgão, reclamam que a alteração aprovada permitirá excessos no plantio de espécies exóticas no Estado. — Essa proposta criou um zoneamento que não zoneia nada — critica Maria da Conceição Carrion, da ONG Núcleo Amigos da Terra.
ZERO HORAAtualizada em 10/04/2008 às 08h58min
Uma guerra judicial marcou a reunião desta quarta-feira do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) que aprovou o zoneamento para o plantio de florestas. O texto que será publicado no Diário Oficial do Estado elimina restrições à atividade florestal constantes na proposta original. No início da tarde, depois de aberto o encontro do Consema, uma liminar, solicitada pela Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) e concedida pela juíza Kétlin Casagrande, da 5ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre, impediu o órgão de votar a proposta. A seguir, houve trocas de acusações e princípio de tumulto, e os conselheiros ligados a organizações não-governamentais reticentes ao plantio de árvores exóticas deixaram o local, acompanhados de manifestantes carregando faixas contra as florestas de eucaliptos. No início da noite, o governo do Estado virou o jogo e obteve, do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Arminio José Abreu Lima da Rosa, a cassação da liminar: uma vitória esperada pelos 19 conselheiros que permaneceram na reunião, estendendo-a por mais de seis horas até ganharem o direito de votar a proposta defendida. O Consema é formado por 29 conselheiros. Do local de votação se retirou quem era contrário ao novo zoneamento, como a Agapan. O epicentro da mais nova polêmica envolvendo o zoneamento foi a extinção dos percentuais máximos de área em que o plantio é permitido, constantes na proposta original, mas retirados do texto aprovado. Isso permitirá análise caso a caso por parte da Fepam para conceder ou não a autorização a projetos de florestamento, sem restrições prévias. Outra limitação retirada foi a que proibia o plantio em um raio de 1,5 mil de áreas rochosas. — O zoneamento deixou de ser restritivo para ser um instrumento que dará norte à atividade — defende Ivo Lessa, representante da Federação da Agricultura no Consema. Os ambientalistas, minoria no órgão, reclamam que a alteração aprovada permitirá excessos no plantio de espécies exóticas no Estado. — Essa proposta criou um zoneamento que não zoneia nada — critica Maria da Conceição Carrion, da ONG Núcleo Amigos da Terra.
ZERO HORA
sexta-feira, 14 de março de 2008
Reconhecimento
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
As organizações não-governamentais vão ingressar na Justiça contra a comercialização do milho transgênico no Brasil./ Na última semana, a desembargadora MARIA LÚCIA LUZ LEIRIA, do Tribunal Regional Federal da QUARTA Região, liberou a comercialização do grão geneticamente modificado no país./ A comercialização estava proibida desde Junho do ano passado, em função de uma liminar da Justiça Federal do Paraná./ Segundo o agrônomo da Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa, GABRIEL FERNANDES, a liberação vai ocasionar uma contaminação massiva./ Com isso, o consumidor pode ficar impedido de consumir alimentos livres de transgênicos.///
França tem dúvidas sobre milho da Monsanto
A autoridade provisória sobre transgênicos da França afirma que novas evidências científicas devem ser levadas em consideração sobre os impactos na fauna e na flora provocados pelo milho transgênico MON 810, da Monsanto./ As conclusões da comissão foram entregues ao Ministro da Ecologia, JEAN-LOUIS BORLOO./ A partir destes dados, o governo francês decidirá se irá implementar ou não uma cláusula de salvaguarda em Bruxelas./ A medida permite que países da União Européia rejeitem organismos transgênicos aprovados pelo bloco, mediante evidências científicas./ De acordo com o presidente da comissão provisória, JEAN-FRANÇOIS LE GRAND, as novas evidências científicas afirmam que o milho transgênico tem longa disseminação por dezenas ou até centenas de quilômetros, cria insetos resistentes e gera sérios impactos sobre flora e fauna, atingindo minhocas e microrganismos.///